11º Encontro Carioca de Usuários de MSX, MSXRio’2007: SESC Engenho de Dentro, nos dias 7 e 8 de setembro.
Já dizia o sábio que “o bom filho à casa torna”. Depois de idas e vindas, de problemas com datas e locais, com calotes e causas na justiça, conforme relatei do encontro de 2005, tentamos novamente a escola de 2006, mas sem sucesso. Resolvemos então quebrar um lema nosso, de não fazer o encontro num feriado, e resolvemos pegar o DIa da Independência (7 de setembro) para isso. Jaú é sempre assim, porque a gente vai ser diferente? Sempre evitávamos, porque as pessoas poderiam estar viajando, talvez não estivessem no Rio… Mas MSXzeiro que pode e quer vir, dá um jeito, vem nem que seja pendurado na boléia de caminhão. As facilidades da data seriam propícias para realizar o encontro num local como esse.
Quanto a local, tivemos a oferta dos SESC de Ramos e Madureira, declinados por problemas técnicos: O SESC de Ramos fica próximo ao funestamente famoso Complexo do Alemão. E o SESC de Madureira é longe demais e o acesso, mas complicado. Por que não voltar ao SESC Engenho de Dentro? O bairro agora está famoso: tem o Estádio Olímpico João Havelange (o Engenhão), a estação de trem foi toda reformada, e tem o Pan-Americano. Usando um feriadão, poderíamos ter 2 dias (ou até mais) sem ter que usar o domingo para o encontro. E assim fizemos, voltamos ao SESC, fizemos o pedido de espaço… E cá estivemos, nos dias 7 e 8 de setembro de 2007.
Algumas coisas mudaram: O nosso contato anterior saiu do SESC; eles não abriam mais aos domingos; e agora não era mais 0800, o popular “de grátis”: Teríamos que pagar. Bem, isso não é exatamente um problema quando o valor não é extorsivo. Desde o encontro de 2002 que paramos de cobrar entradas: Tem gente que não tem nem 1 real no bolso, tem quem ache um absurdo cobrar entrada, tem quem não quer ou não pode ficar lá o tempo todo cobrando… E é melhor vendermos itens, como camisas, adesivos, pins, etc., para custear o evento. Fica menos invasivo, e compra quem quer.
Felizmente o SESC não cobrou nenhum preço abusivo, e pudemos voltar para a mesma sala de 2003, que tinha sido reformada. Tivemos a presença de alguns amigos, como o Alexandre “Tabajara” Souza e o Wanderson, direto do Espírito Santo, que deram uma força com a parte de eletrônica, consertando, soldando e remexendo micros. Também tivemos a exibição pública do primeiro protótipo da VDU, projeto do Ricardo Oazem que coloca 4 VDPs 9938 (de MSX 2) num mesmo MSX, e podem ser facilmente chaveados entre si com chamadas às portas lógicas. As possibilidades são muitas, já que você tem 4 processadores de vídeo para brincar. Claro que usar um monitor LCD ajuda a aumentar o hype em torno. Mas o Oazem promete mudanças no projeto, e modificações. Afinal, é apenas um protótipo, mas que impressionou muita gente.
Ainda tivemos a presença de alguns penetras, como um legítimo Vectrex, videogame com cara de arcade e gráficos vetoriais; um Atari 5200 e sua fonte cavernosamente grande; e um MSX-on-a-chip, um dos novos MSX baseados em um chip FPGA (no caso, um Cyclone da Altera) que alguns afortunados adquiriram no Brasil. O Slotman também veio, e demonstrou o seu jogo em CD-ROM, “Dungeons and Dragons”, além de outros itens, como o cartucho do Jungle Hunt, convertido do Coleco para o MSX.
O Tabajara mostrou um item raríssimo: Uma placa de arcade baseada em MSX, feita no Brasil. Era a Forte II Games. Qual o jogo? Pesadelo, também conhecido por todos nós como Knightmare. Pois é, quase colocamos um moedeiro e montamos ela, para faturar um troco em cima dos incautos…
Uma das coisas bacanas que ocorreram nessa MSXRio também foi o contato que tivemos com a PlayTV, uma emissora de São Paulo que divulga via Internet e em alguns sistemas de TV por assinatura. Eles entraram em contato para fazer uma matéria com a gente, falando da MSXRio. A matéria foi feita no nosso encontro, mas infelizmente não conseguimos cópia. Tentamos com o produtor, mas nem ele tem. Nós não gravamos por não sabermos quando a matéria seria veiculada. Logo, se alguém viu e gravou, contacte-nos, por favor! Precisamos de uma cópia.
É um engano achar que teremos encontros com mais de 400 pessoas, como os de Madri (2007), ou os encontros japoneses (com mais de 1000 pessoas). Enfim, 2 dias muito bacanas, com um sentimento de fraternidade muito grande. Novos MSXzeiros se aproximaram do grupo (como o Matheus, de 14 anos, que comprou um Hotbit e um drive), e antigos MSXzeiros voltaram às atividades (como o Flávio, que comprou um MSX 2). Mas uma coisa que sobra na MSXRio é a amizade entre a turma. Como disse o Tabajara, o sentimento de camaradagem é muito grande entre os MSXzeiros.
Todo o poder aos fudebas!
Galeria de fotos:
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